Bispo preso por suspeita de estupros em Paulínia aliciava garotos pela web, diz polícia

Ele cometia atos sexuais com menores de idade na própria casa, segundo investigação. Homem já havia sido indiciado por ameaçar ex-mulher. Defesa diz que bispo nega acusações.

bispo da igreja evangélica preso em Paulínia (SP) por suspeita de estuprar menores de idade aliciava outras vítimas, todos meninos, pela internet. A informação foi confirmada ao G1 pela Polícia Civil, nesta quarta-feira (2). Segundo o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Luis Galazzo, o bispo cometeu ato sexual com ao menos dois garotos na casa dele e chegou a enviar fotos usando cueca para as vítimas. A advogada do bispo informou que ele nega as acusações.

Reinaldo Silvério foi preso preventivamente nesta terça (1) por estupro de vulnerável em casa, e estava com a mudança pronta para outra residência, em Cosmópolis (SP), segundo a polícia. A investigação começou em março e o inquérito policial foi concluído com a prisão. O delegado informou que o caso já está na Justiça.

Segundo a polícia, o teor das mensagens do bispo para garotos nas redes sociais consiste em perguntas, para saber se namoravam, se eram heterossexuais e se gostariam de marcar um encontro. Elas foram anexadas ao processo.

A advogada de Silvério, Saya Barreiro, disse ao G1 que ainda não teve acesso ao processo, mas que a análise do caso do cliente será feita na tarde desta quarta. Saya informou que também não definiu qual medida vai tomar em relação à prisão dele.

Mãe fez denúncia
Segundo Galazzo, em março deste ano uma mulher denunciou o suposto abuso sofrido pelo filho, que atualmente tem 12 anos. Ela frequenta a igreja na qual ele é bispo e iniciou uma amizade com Silvério.

Durante a investigação, o bispo já havia sido ouvido pela polícia e sempre negou os fatos.

Mesmas circunstâncias
O outro caso relatado pela Polícia Civil é de um jovem de Hortolândia (SP), menor de idade na época dos abusos, que teriam ocorrido anos atrás. Ele também frequentava a igreja e chegou até a viajar com o bispo.

"Relatou mais ou menos as mesmas circunstâncias em que aconteciam os abusos", afirma o delegado.

No inquérito consta, ainda, que o bispo não usava preservativo quando cometia os atos sexuais com as vítimas, segundo a polícia.

Medida protetiva
Silvério também tem passagem na polícia por ter ameaçado a ex-mulher, que conseguiu na Justiça uma medida protetiva contra o bispo, informou o delegado.

O filho deles teria presenciado o abuso contra uma das vítimas dentro de casa. Um inquérito foi aberto em maio para apurar esse caso. A advogada de Silvério confirmou que ele passa por um processo de separação conjugal.

G1CampinasSP

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