Deputado defende Temer comparando-o com Jesus Cristo

Carlos Bezerra é membro da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)
O deputado federal Carlos Bezerra (PMDB-MT) se pronunciou acerca da acusação contra o presidente da República Michael Temer de corrupção passiva. Em sua fala, chegou a comparar o chefe do Executivo com Jesus Cristo.

Bezerra é membro da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados e contra o relatório apresentado pelo colega de partido Sérgio Zveiter (PMDB-RJ). Segundo Carlos, a denúncia de Zveiter é “inepta”.

“Sou membro da CCJ e votei contra o parecer do relator. Sou advogado e me especializei no direito criminal. Essa denúncia apresentada é totalmente inepta tecnicamente”, disse ele, em entrevista a uma emissora local da cidade de Cuiabá.

“Quem conhece de direito penal sabe disso, tanto é que o relator dizia que as provas eram frágeis”, complementou em entrevista ao jornal do Meio Dia, da TV Record Cuiabá, em Mato Grosso.

A denúncia que envolve Temer é o suposto uso do ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para obter indevidas vantagens do empresário Joesley Batista, dono da JBS. O áudio do diálogo do empresário com o presidente é uma das provas usadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Carlos acredita que o áudio não é suficiente. “A gravação não prova nada. (…) Aí o relator diz in dubio pro societate. Inventou essa figura em que o primeiro a ser condenado foi Jesus Cristo. Não acharam nenhum crime nele, mas a plebe queria a condenação à forca. Pôncios Pilatos mandou matá-lo, mas ele era um inocente”, disse.

“Tecnicamente a peça era inválida, por isso votei. Se não fosse Temer, fosse qualquer outro presidente, eu votaria do mesmo modo”, afirmou.

O deputado também afastou especulações de que as verbas liberadas de Temer para emendas constitucionais fossem formas de negociar o voto dos deputados em relação a denúncia.

“Eu nunca precisei fazer negociação para emenda. Isso é um pouco de falácia. Sempre liberei meus recursos independente de negociação. Essas liberações são impositivas, legais, o governo é obrigado a fazer. Você apresenta emenda no orçamento e o governo é obrigado”, pontuou.

A denúncia contra Temer é programada para ser lida na Câmara dos Deputados em 2 de agosto. No dia da votação, deverá haver o quórum mínimo de 342 deputados para a apreciação do relatório contrário à aceitação da denúncia.

GospelPrime

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