Centenas de cristãos saem do Egito após ataques do EI

Jihadistas já mataram sete cristãos nos últimos 30 dias
Mais de 200 famílias cristãs abandonaram a cidade de Alarixe, no Egito, após o Estado Islâmico começar a matar coptas na península do Sinai.

Segundo a agência ANSA, foram sete cristãos egípcios assassinados em menos de um mês pelos jihadistas que tentam reproduzir na região o mesmo clima de terror que dominou o Iraque e a Síria nos últimos 4 anos.

Um dos motivos para a decisão dessas famílias foi o vídeo no qual EI ameaçava matar todos os coptas do país, afirmando que os cristãos eram sua “presa favorita”. Além disso, a falta de ações concretas por parte do governo deixaram as pessoas com uma grande insegurança.

A agência Reuters reportou que pelo menos 25 famílias da Igreja Evangélica no Sinai, na cidade de Ismailia, no Canal de Suez, também saírem de suas casas. Dentre as 160 famílias cristãs conhecidas no norte do Sinai, 100 já fugiram. Além disso, mais de 200 estudantes que viviam em el-Arish, capital da província, também foram embora.

“Eu não vou esperar pela morte”, disse Rami Mina, um cristão que fugiu com sua mulher e filhos. “Tive de fechar o meu restaurante e sair de lá. Estas pessoas são implacáveis.”

Desde 30 de janeiro, sete cristãos foram mortos por soldados do Estado Islâmico. A maioria a tiros. Há relatos de desaparecidos, mas suas mortes não foram confirmadas. Um deles foi queimado vivo.

Há cerca de um ano começaram a ser relatadas atividades de jihadistas leais ao EI na região. Além dos cristãos, eles ameaçam Israel, tendo lançado foguetes contra o Estado judeu.

Um sacerdote cristão, que preferiu não se identificar, afirma que estava saindo de el-Arish e que esse tipo de migração em massa é algo sem precedentes na história recente do país. “Eles conseguiram, pois era sua intenção nos forçar a abandonar nossas casas. Agora nos tornamos refugiados”.

“A cena aqui é realmente dolorosa”, disse Mina Thabet, pesquisadora da Comissão Egípcia de Direitos e Liberdades. “Esse foi um teste para o governo, mas ele falhou e sua gestão da crise foi muito ruim”.

Os coptas são apenas 10% dos 92 milhões de habitantes da nação, e desde a chamada “Primavera Árabe”, em 2011, viram islâmicos radicais vandaliza suas igrejas, comércio, casas e até um orfanato. 

Com informações Christian Post

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