"Sou muçulmano e não comento sobre política no sábado", diz Lula em tom de brincadeira


Em 2010, o ex-presidente doou um terreno de 16 mil metros quadrados em zona privilegiada de Brasília para a construção de uma embaixada palestina. (Foto: Estadão)

Lula se esquivou das perguntas de jornalistas afirmando que não comentava sobre política no sábado por ser muçulmano, em visita à Feira Nacional da Reforma Agrária, em São Paulo, na manhã deste sábado (24).

Em visita à Feira Nacional da Reforma Agrária, em São Paulo, na manhã deste sábado (24), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se esquivou das perguntas de jornalistas afirmando que não comentava sobre política no sábado porque é muçulmano. "Sou muçulmano e não falo sobre política no sábado", brincou.

Para o islamismo, o dia separado para o descanso e oração é a sexta-feira. Já para os judeus e cristãos sabatistas, o "shabat" tem início no pôr-do-sol de sexta e se encerra ao entardecer do sábado.

Lula pode ter trocado os dias sagrados em tom de brincadeira, mas seu apoio à religião islâmica é levado a sério. Em 2010, o ex-presidente doou um terreno de 16 mil metros quadrados em zona privilegiada de Brasília para a construção de uma embaixada palestina.

Na ocasião, a pedra fundamental foi inaugurada na pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.

Este ano, os três prédios em estilo arquitetônico oriental, projetados pela empresa jordano-palestina Jerdana, estão ficando de pé — um será para a embaixada, outro para a residência do embaixador e um terceiro para a moradia de funcionários diplomáticos.

No prédio da embaixada, que será o principal, há uma cúpula dourada inspirada nos santuários islâmicos da Palestina. A empresa construtora é a Sox Engenharia Ltda. O custo é de 13,3 milhões de reais — parte do dinheiro vem da Palestina e outra parte vem de doações.

Ameaça terrorista no Brasil

Millitares brasileiros vêm demonstrando preocupação com o novo empreendimento dos aliados do PT, construído em um “terreno imenso para os padrões de Brasília", com vista para o Lago Norte. “Os veículos e pessoas, por serem diplomáticos, não podem ser revistados. E a embaixada é área soberana do Hamas agora”, disse à Veja um militar que preferiu não ser identificado.

“O local é estratégico. Fica em uma rua de serviço que dá acesso aos alojamentos da guarda da Presidência e do batalhão de Polícia Militar, além de acesso à via expressa que liga ao Eixo Monumental e ao Palácio da Alvorada", alerta ele.

"A pista ainda liga a via N2 às entradas de serviço dos Ministérios, do Senado e do Palácio do Planalto. E do outro lado da rua, em frente ao complexo palestino, fica a estação elétrica de toda a esplanada dos Ministérios, do Congresso Nacional, do STF e da Presidência da República”, continua.

Ao ser questionado pela equipe da Veja se os terroristas poderiam, na prática, apagar o Planalto, o militar foi categórico: “Sim. E acessar todas as estruturas de governo em questão de meia hora. Inclusive de segurança”.

Guiame

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