Pastor Silas Malafaia classifica tese de predestinação à salvação como “absurdo teológico” e diz: “Deus deseja que todos se salvem”

Os debates teológicos sobre predestinação à salvação se estendem a séculos entre os cristãos de diferentes linhas de pensamento interpretativo da Palavra de Deus. Sob essa ótica, o pastor Silas Malafaia publicou um artigo onde defende que a Bíblia Sagrada fala sobre eleição e predestinação, “mas não num sentido individual”.

Citando os textos de 1 Crônicas 16:13; Isaías 65; Romanos 11; Colossenses 3:12; Tito 1:1; 1 Pedro 1:2; Apocalipse 17:14; Romanos 8:29,30 e Efésios 1:5-11, o pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo afirmou que tais passagens bíblicas “se referem ao destino coletivo dos santos do Antigo e do Novo Testamento, aqueles que deliberadamente escolherem obedecer a Deus e à Sua Palavra”.

“No Novo Testamento, os eleitos de Deus são todos aqueles que creram em Jesus e aceitaram o senhorio dele, tornando-se Seus imitadores e filhos do Pai celestial. A partir dessa experiência pessoal, chamada de salvação, tais indivíduos passaram a desfrutar da comunhão com Deus pelo Espírito Santo, que veio habitar nos cristãos para moldá-los à imagem divina de Jesus, de quem se tornaram irmãos e co-herdeiros, tendo direito ao céu e à vida eterna”, escreveu Malafaia, posicionando-se conforme a doutrina pentecostal tradicional.

Para o pastor, “é claro que Deus, sendo onisciente, sabe de todas as coisas, inclusive quem será salvo e quem não será. Mas isso não significa que Ele tenha predestinado uns para o céu e outros para o inferno. Afinal, Deus criou o ser humano e concedeu-lhe livre-arbítrio, responsabilizando-o por seus atos e suas escolhas”, ponderou Malafaia, que acrescentou: “Se não fosse assim, a promessa de salvação não seria condicional: ‘Aquele que perseverar até ao fim será salvo (Mateus 10.22; 24.13)’. ‘Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida (Apocalipse 2.10)’”.

Para o pastor, a teoria da predestinação é “um absurdo teológico”. “Deus deseja que todos se salvem, mas muitos não atendem ao Seu chamado. Se não existisse livre-arbítrio, o pecado da humanidade teria sido um plano do próprio Deus, como se Ele tivesse traçado esse destino de pecado e morte para o homem”, pondera Malafaia.

Em sua conclusão, Silas Malafaia afirma que para ele, é “impossível” assimilar “a ideia de que todos têm um destino predefinido antes mesmo de nascer e que o Senhor ame mais uns do que outros; e, por isso, tenha previamente determinado a salvação de uns e a condenação de outros”.

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