Igrejas evangélicas servirão de abrigo para participantes do JMJ

Milhares de católicos estarão no Rio de Janeiro 
entre os dias 23 e 28 para ver o papa Francisco.
Os peregrinos que participarão da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro poderão se hospedar em centros de umbanda, clubes judaicos, igrejas evangélicas e anglicanas. Essas religiões estão abrindo seus espaços para receber os fiéis católicos e assim promover uma cultura de paz e tolerância.

O evento vai acontecer entre os dias 23 e 28 de julho e deve atrair mais de 300 mil pessoas vindas de todos os estados brasileiros e de outros países do mundo.

A Casa Irmandade Batuíra e Pai Miguel das Almas, localizada em Anchieta, no Subúrbio do Rio, vai receber 10 jovens. O espaço foi aberto por Sebastião Mauro de Sá, um ex-seminarista que deixa claro que no local ele vai apenas abrigar os viajantes, sem entrar em discussões religiosas.

“O peregrino vem com o objetivo dele, de ver o papa e participar de uma ação. Eu, no meu espaço, vou abrigar apenas, não vou discutir religião”, disse ele ao G1.

Já no Centro Cultural Afro Ojuobá Axé, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, o espaço acolherá cerca de 70 jovens. A diretora do local é Luana Guimarães que já está acostumada em ter fiéis de outras religiões frequentando o espaço que oferece aulas de dança e capoeira.

A igreja evangélica Palavra Viva também está aberta para os jovens católicos, uma família italiana já tem lugar garantido para poder participar do evento. O pastor Silas Esteves, responsável pela igreja, diz que as diferenças religiosas geram distanciamento, mas se as pessoas forem maduras as mesmas diferenças podem causar a unidade.

“Somos diferentes, temos aspectos doutrináveis distintos, a forma de orar diferente, mas um mesmo corpo, o de Cristo”.

O discurso de tolerância entre as religiões também é assinado pelo bispo Philadelpho Oliveira, da Diocese Anglicana do Rio de Janeiro. As igrejas que fazem parte da diocese estarão entre os católicos participando da JMJ, além de abrigar jovens vindos da Austrália, Canadá e Estados Unidos.

Além de apoiar e participar do evento, o bispo anglicano pretende se encontrar com o papa Francisco e conversar sobre as classes discriminadas e menos favorecidas. ““Gostaria que ele olhasse com carinho para os jovens marginalizados, que trabalhasse junto na questão da tolerância com os diferentes”.

Gospel Prime

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