Relacionar-se?

Por que as pessoas têm dificuldade de relacionar-se umas com as outras? Por que é tão difícil você conviver com pessoas em casa, no trabalho, na escola, na igreja, e relacionar-se bem com elas?
Isso tem despertado em mim uma certa apreensão, pois a Palavra diz que devemos amar uns aos outros. Isso significa que devemos conviver, e bem, uns com os outros. Muitos podem dizer: Podemos amar as pessoas, mas não, necessariamente, conviver bem com elas. Isso é incoerente. Ou não é?
O Aurélio diz que relacionamento é:
1. Ato ou efeito de relacionar(-se).
2. Capacidade, em maior ou menor grau, de relacionar-se, conviver ou comunicar-se com os seus semelhantes.
3. Bras. Ligação de amizade, afetiva, profissional, etc., condicionada por uma série de atitudes recíprocas; relação.
Vejo o item 3, acima, quando diz que relacionamento é ligação de amizade, afetiva, profissional, condicionada por uma série de atitudes recíprocas. Vejam bem, “RECÍPROCAS”. Essa palavra vem do verbo reciprocar, que quer dizer: dar e receber em troca, corresponder-se. Pois bem, quando nos relacionamos com pessoas queremos que seja bom, que o ambiente no qual convivemos com elas seja tranqüilo, em paz, em harmonia. Para que isso aconteça, devemos agir de tal forma que o nosso relacionamento com os outros seja o melhor possível. Como diz Gálatas 5:22: o fruto do Espírito é amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. E isso é o de que precisamos para nos relacionar, e bem, com as pessoas. Dar e receber em troca é o mínimo de que precisamos. Existem principalmente dois lugares entre tantos que devemos praticar isso: em casa e na Igreja. Porque nesses dois lugares principalmente? Porque em casa a Palavra diz que os maridos devem amar suas próprias esposas, as mulheres devem submeter-se aos seus maridos, que devemos agir com amor com nossos filhos e eles devem obedecer aos pais. Porque dentro de um lar, se o amor de Cristo habita no coração dos membros de uma família, é essencial que isso aconteça, ou seja, o bom relacionamento entre todos. E na Igreja? Bem, supomos que, dentro dela, todos sejam crentes. Pelo menos os que nela convivem, sejam pastores, membros ou funcionários. Não digo aqueles que a freqüentam em cultos e reuniões ou eventos, mas aqueles que realmente se envolvem nela. Aqueles que têm um compromisso com Jesus. Esses têm a obrigação de conviverem bem.
De acordo com a Palavra:
“Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?” (I João 4:20).
“Amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros” (I Jo 4:11).
“Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom trato as suas obras em mansidão de sabedoria. Mas, se tendes amarga inveja, e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica. Porque onde há inveja e espírito faccioso aí há perturbação e toda a obra perversa. Mas a sabedoria que do alto vem é primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia” (Tg 3:13-17).
“Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor; Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem” (Hb 12:14-15).
“E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade. Por isso deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros. Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira. Não deis lugar ao diabo. Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade. Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem. E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção. Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia e toda a malícia sejam tiradas dentre vós. Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo” (Ef 4:24-32).
É simples, não é? Nem tanto. Mas é assim que Deus quer. E todos nós, crentes em Jesus Cristo, devemos fazer o que a Palavra diz. Ponto Final.

Por Paulo de Abreu Marcondes

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