Só faço o que não quero. Miserável que sou!

Você já se deparou com alguma pessoa – seja ela de qual idade for – que travava uma batalha com o seu próprio íntimo? Se lutar com um agente externo, do mundo físico, já é tarefa complicada, imagine quem está em confronto consigo mesmo.
O apóstolo Paulo, escrevendo aos Romanos, traduziu bem para os meditadores da Palavra de Deus esta situação. No capítulo 7, a partir do versículo 15, ele relata uma guerra interior. É o espírito dele contra a carne. É a vontade pelo Reino de Deus lutando contra as aspirações terrenas.
Ele sabe tanto da sua condição miserável que desaprova as próprias atitudes. “Porque o que faço, não aprovo”. Vamos refletir um pouco nisto que o apóstolo Paulo falou. Ora, a condição pecaminosa do personagem aqui está em um patamar diferente. Vou explicar... Ele cede à atitude contrária a Deus, confessa que praticou e reconhece o erro.
Enquanto esteve na terra, Jesus passou por várias situações, inclusive foi tentado, como nós somos diariamente. Como era homem também, Cristo sabe o quanto uma tentação força a barra e desestrutura a personalidade. Lembram de José? Ele estava cheio da presença do Senhor, mas se não tivesse corrido o pecado iria corroer o seu coração e fazer um grande estrago.
Com Paulo, o pecado foi praticado, mas foi aborrecido, desaprovado por ele mesmo. É uma atitude que demonstra arrependimento, aversão. No versículo 19, o escritor completa o seu pensamento: “Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse faço”.
Já imaginou ou já esteve nesta condição? É a mesma coisa de você sair da sua casa certo das ações que pretende executar durante o dia, mas cede aos encantos de tarefas mais fáceis e muda o percurso. E a luta interior por saber que está praticando o que não estava em seus planos? Assim é quando não conseguimos suportar a tentação e abrimos espaço para ela.
Termino aqui com as brilhantes palavras – embora repudiadas – expressadas pelo apóstolo Paulo neste mesmo trecho bíblico. É aqui que ele se despeja ao pés do Mestre por reconhecer a sua condição: “Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Dou graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. Assim que eu mesmo, com o entendimento, sirvo à lei de Deus, mas, com a carne, à lei do pecado”. (vv. 24,25).

Fique na paz e até a próxima reflexão.

Por Thiago AD Alagoas


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